A que saudades da minha bicicleta
Meu tênis laranja, mochila nas costas
Minha vida de poeta
Sentado na praça
Lendo um bom livro
As pessoas passam
Mistura de elogios e risos
A que saudades de minha bicicleta
Meus óculos quadrados, agenda na mão
Vivendo sem muita pressa
Mim chamam de doido
Mas só faço coisas normais
E chamam de gênio
Aqueles que fazem armas mortais
A que saudades de minha bicicleta
Andando pra cima e pra baixo
Na minha querida cidade quieta
Olho para céu
Vejo um infinito de estrelas
Olho para o futuro
Vejo certezas e incertezas
A que saudades de minha bicicleta
Meus tênis laranja, mochila nas costas
Minha vida de poeta.