Na imensidão dos arvoredos
Vou parando para um suspiro ofegante
Encostando-me nos suados rochedos
Escondendo-me dos vôos rasantes.
Toco o gerânio com esplendor
Faço de mim um ser inconstante
Apenas um triste admirador
Que se encontra naquele instante.
O sol, com sua magnitude
Revela-me aos templos cobertos de folhas
Os pássaros em sua inquietude
Fazem o orvalho cair em bolhas.
Mas sou protegida pela relva
Que me acalenta e me faz adormecer
Onde a noite, de campo vira selva
Cristalizando-se somente no alvorecer.
Então volto a ser vida, murmurando sua revolta.