Não há palavra que cale o tempo
Nem tempo que desanime a vida
Não há navio que parta
Irreverente, sem despedida
Não há eu longe do mundo
Independente de mim
Não há serpente ao fundo
Não há fungo,
Não há fim
E eu sou bicho ilegal
Que corrói a seda inteira
Eu sou tão paranormal
Sou a pedra verdadeira
Sou a serpente que vibra
Entre as pernas, sou a lança
Sou o ser que inibido
Sempre quer
Nem sempre alcança.