Poesia

Ampulheta

Derrama por meio do ventrículo vital,
Simbolizado pelo orifício da ampulheta,
Os grãos que deslizam flutuando, valsando e escoando sutilmente,
Um filtro onírico,
Feito água cristalina que emana da límpida fonte.
Sacia o desejo de vida,
A fome do recomeço,
Os votos de renovação.
Nesta missão transeunte,
Por vezes chegada,
Doutras partida,
Assim sigo à vida.
Feito andarilho, um tanto “Easy Rider”
À procura de sentir o mundo paralelo,
Dissecá-lo com minhas aspirações.
Nas entrelinhas do saber SER humano,
Na dimensão um tanto esquecida.
Onde encontro a válvula de escape,
Que revigora a minha existência...
Viro o relógio de areia,
E o observo, indagando:
É começo ou fim?
Fim do começo ou começo do fim?
É nascimento ou morte?
O que se preenche se esvai?

Ana Rafaela Lima Ana Rafaela Lima Autor
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