Estive perdida, deveras
Numa existência alheia à própria vida
Vagava seguindo para lugar nenhum
Uma andarilha errante,
Caminhando para uma terra que não mais existe
Existia eu?
Não!
Apenas uma tênue pluma a flutuar sem destino
Até onde as criaturas podem ser más?
Onde acaba a escuridão das nossas almas?
E a dureza da pedra, é eterna?
As palavras proferidas, par onde vão?
Respostas não tenho, só sei perguntar
Mas o anúncio, esse recebi-o
Não tímido, mas convulso e cheio de alvoroço
Palpitante por ser novamente
Não existir já não existe
Rasgando a tenda já armada da mágoa
Forte, decidido e majestoso
Já não há o que temer
Não é mais preciso fugir.