A dor que se apossa de mim
É uma dor que não tem nome
Comum a todos os homens
Mas incomum a quem sente
Tem começo e não tem fim
A dor que minh’alma consome
E deixa o meu corpo ausente
Leva os olhos ao infinito
Andando a procura de mim
Correndo em busca da luz
Assassinando os motivos
Violentando as causas
Até que a dor fique mansa
Ou ao menos distraída
Deixando a sangria em pausa
Crucificada na cruz
E só então se ouvir o grito
Que traduz a esperança
E trás o bálsamo do alívio
Pra tocar em frente a vida