Poesia

Clamor dos justos

A mão que empurra pra morte
O dedo que aperta o gatilho
O pé assassino e veloz
Escondido atrás do volante
São gerados no ventre da impunidade
Que é filha da covardia
Que grassa em nossa cidade
Que é traça que nos acaba
Que graças ao domínio de uns
Sobre a desgraça de todos
Vai se perpetuando nas ruas
Atropelando as calçadas
Invadindo as construções
Deixando rastros de corpos
-Donizetes, Fernandas, Neveritas-
Gente, gente e mais gente
Quantos mais? Até o etc e tal?
Até que a memória imune
Esqueça a cena do crime
Até que a dor fique impune
No cemitério dos vivos
Até que o clamor dos justos
Caduque e fique demente







Pedro L R Pereira Pedro L R Pereira Autor
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