Poesia

MADRUGADA


Cálidas madrugadas
de bêbados desiludidos
de amores perdidos
de pessoa sem razão.

Tristes madrugadas
de pessoas tristes
de cabarés em gente
e mulheres abandonadas.

Madrugadas sem fim
dos viciados inertes
de crak que não esportista
e gente sem rumo.

Ah, na minha madrugada^
vê-se de tudo:
mudas mulheres mundanas
que sem fio nem pavio
de errantes e solitários marginas.

Triste madrugada
triste de mim que não consigo dormir
e com a ralé insone me junto
para que os sentimentos possam explodir

Jorge Câmara Lemos Jorge Câmara Lemos Autor
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