As flores brancas
Como as crianças cheiram
A amanhecer
De um silêncio
E amplidão
Que chega a ser
Impossível
Meu coração
Não sentir
O céu tão puro.
Em certas manhãs,
Inclino meus olhos
Para o nascente
Com os pensamentos
Sobre a vida
Como se estivesse
Ouvindo uma canção
Do meu jardim.
O dia assim me parece
Entregue numa bandeja
Cheia de azul
De larga paisagem
Com ramos de todas as cores.
E fico como que
Só existissem
Crianças e flores.
(Antologia 71.)