Poesia

Sinestesiando

Li cores em você
que tinha um sabor
que não sei de cór.
Meio azedo e meio doce.
Cítrico, cínico e hostil. ... E me faço tua, beijos que são só teus, Descoberta das insanidades não te faço meu abrigo, Entrei em consenso comigo... Quero-te colado, de laço atado, Resgatado do vazio, Que te cobre os olhos para teu próprio corpo. Cospe fogo! Escreva as rimas perfeitas... Fala mais que a própria boca pode suportar... Alimento – me das tuas palavras, ... Gosto de sentir tuas gargalhadas... Adorável sedutor corado. Traços de amor em meio às agruras... Enlouqueci? Não! E achei desenhado em meio ao “sangue e corpos em estado de putrefação”... Um doce beijo calado, Em uma noite sem estrelas... ... Naquela rua lotada que se esvaziou por um segundo, E perdura até hoje, por horas inteiras. ...Encontrei uma parede vermelha para me encostar... Sinestesia de novo, Que me faz ser sem estar!

Iara Tamyres Iara Tamyres Autor
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