Poesia

Relatos de uma noite na varanda

Quando nos pegamos, olhando pro chão ou mesmo pra parede, acendemos um cigarro fuleiro, avistamos a lua e percebemos que ela merece a companhia de um agradável vinho. Passa tanta coisa pela nossa cabeça, coisas insanas, malucas, voracidade, sorrisos... lembranças...

Olho dentro da noite e vejo nossos momentos, os momentos sim vividos, lembrados, extasiados, gozados, suados, quentes, ardentes. O detalhe do beijo, do toque, me faz lembrar e trazer comigo meus sentimentos mais profundos, minhas tolices, meus amargos vícios, minha insensatez sexual.
E você diz: tantas palavras, tanto caso.
Eu digo que vivo, e somente vivo a vida com intensidade através dos delírios mais loucos, das vontades mais savanas, dos sorrisos mais safados, e dos maiores e mais profundos amores. Sim! eu amo, e por amar a vida, eu falo tanto. Por amor a você, eu vivo tanto. Por amor a nós dois, eu gosto tanto. E por amor a mim, eu sinto tanto.

A lua e o vinho são musas da minha inspiração, são companheiras de noites, de madrugadas, de bebedeira, musas que me inspiram a falar de você... de tal forma a me embriagar, inebriar, de pensar em quais palavras usar pra te descrever, aliás, creio q seja indescritível, ilegível talvez, ao mesmo tempo em que vejo toda a tua vida nos teus olhos, você me alucina e me faz esquecer tudo que vi. Penso em você não como uma pessoa em minha vida, mas como minha vida em você.

Iara Tamyres Iara Tamyres Autor
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