Caminhando de cabeça baixa
pela sinuosa avenida, iluminada
pelas luzes amarelas dos postes
enfileirados,
penso sozinho no dia em que cheguei.
Aquele cheiro diferente que se sente
quando chega-se em um lugar pela
primeira vez ainda reside em minha memória.
Pedro II tem um cheiro suave entre
a fumaça das motos e o cheiro da roça.
Na mesma avenida, andando lado a lado,
dois seres da mesma cidade, mas parece que de mundos diferentes.
A garota de calça jeans apertada com o celular
no ouvido desce rápido para postar a foto no perfil,
de calça social e chapéu de massa, o senhor
do interior desce rápido para não perder o carro de horário.
Eu, enquanto isso, desço devagar
apreciando esse momento corriqueiro
do nosso cotidiano, mas que mostra as lindas faces da nossa cidade.