ilustração: Rafael Nolêto
Negro chocado na casca do bambu
Saci fede mais que cocô de urubu
Demora sete anos para se libertar
Ao sair de casa, começa a aprontar
No meio da noite o negro se esconde
Não passa nem perto de água ou fonte
Vive nas caatingas* ou nos carnaubais*
Adora uma pinga* e fuma demais
Saci-Pererê vem no redemoinho*
Bagunçando tudo o que vê no caminho
Moleque atentado de uma perna só
Azeda o leite e adora dar nó
Solta gritos agudos
Deixa os bichos todos mudos
Vagabunda e esperneia*
Belisca bunda e faz cara feia.