ilustração: Rafael Nolêto
Mulher-de-Branco é assombração
Aparece na estrada acenando com a mão
Pede carona para motorista
Fazendo mizura* no meio da pista
Está entre o mundo da vida e da morte
Alma penada, vagando sem sorte
Causa arrepios naquele que a vê
Mas nunca deseje que seja você
Vestido bem alvo arrastando no chão
Será que é de leite ou de puro algodão?
Quando no carro essa dama entrar,
Tome cuidado pra não barroar
Causando acidente no meio da estrada
A Mulher-de-Branco é endiabrada
Dentro do corpo de dama atraente
É atentação* que atordoa a mente.