Trinta Dias Solteiro
Trinta dias no ermo,
É estar no limiar do desespero!
Triste fim do solteiro,
Que não consegue encontrar,
A solução dos seus erros.
Vozes, do sonho de um beijo,
Ecos que escuto no terreiro.
Não há nada, apenas escuridão,
Que ilumina esta imensa solidão.
E ao jovem pródigo?
Quem o ajudará?
E aos seus clamores?
Quem o acolherá?...
...Silêncio...,
Talvez o ermo seja o digno preço,
Que um homem solteiro venha a pagar,
Para encontrar o seu par de direito.
De repente uma luz, será o fim?
Não há nada a se perder,
A não ser,
Que me torne uma linda poesia a se ler.
Trinta dias no ermo
É está envolto pelo medo,
Mas o temor é o único meio,
Do sereno eremita se tornar,
Num ente realmente perfeito.
Mauro Veríssimo