Às vezes
Em breves momentos
O tempo para
E nessa parada
Ouço minha respiração
O pensamento divaga
Sem qualquer direção.
Meu olhar fica longe, distante
Como que a procurar por algo
Mas apenas perdido, parado, cego.
Não vejo nada
Só sinto o vento frio tocando minha pele
Também fria, feia
Sem toque.
E então, do nada, a vida chega
O tempo volta a caminhar ligeiro
Os pássaros voltam a voar
Os sons retornam
Só meu pensamento que não
Ele continua viajando
Sem destino
Sem tempo
Perdido na imensidão
Do nada
Sozinho!
Antonio Oliveira