Passageira
Tempo é silêncio trotando
Soldo dessa harmonia
Sou planta noutra regada
Negada a sua anistia
Parte que vem metade
Passageira na agonia:
Segue o olhar de querer.
Outro querendo por fim
Sou tudo que bem-quiser.
És tudo e cabe em sim.
Na cabeceira da noite
Quando a saudade de mim:
Sou metade como lua
Na rua do bem-me-quer:
Soprando vento entoa
Palavras tolas vier
Querendo, digo que não.
Dizendo sim se me quer.
Lina Ramos