Você nem imagina quantas galáxias visitei pra encontrar alguém como você:
A fissão do estalar de seus lábios, a assinatura nuclear de seus olhos...
Em qualquer ponto do universo em que estivesse, me imantaria espontaneamente a sua presença!
Ah, e quando penso em suas curvas... e me refiro às refinadas arestas de seus neurônios, me dispo irrefreavelmente.
Pois que de seu intelecto que assertivamente decifra meus enigmas com êxito, me delicio sem pensar...
Me resigno a contemplar a infinitude de suas fantasias, sem julgamentos:
E em certo momento, me deito em seu colo a apreciar as fronteiras de sua constelação, ante sua anuência.
A esta altura, entendestes que falo de você?
Você mesma que me lê imersa na madrugada, mas não deixa a chama da poesia se apagar;
És espécime dos mais raros: da arte se alimenta vorazmente em busca do elixir da vida, que habilmente se esconde entre os verbos;
Nem sempre rimam, pois que na sua existência anseio a leitura que completa o meu desejo:
Diluindo, mesmo que por um minuto, toda minha amargura.
Poemmus (01/05/2023)