Clareando a manhã do meu passado
Vejo a chuva deitando é mata livre
Na lembrança do beijo inda vive
Meu amor sente dor amargurado
Nosso tempo mingou pra cada lado
Derretendo o olhar que se perdeu
Procurando a raiz que não morreu
Segue um peito aguando a saudade
Na prisão dessa dor que vem metade
Esperando crescer no peito seu
Passa a luz da estrada que avisa
Começou o destino em vaivém
A vontade volta o olho é alguém
Sinto o peito magoando na divisa
Cada sol que se voltar me avisa
Consciente revendo o que passou
Vem a bica do inverno e molhou
Há razão da raiz que me predeu
Nem a tarde vadia reviveu
A semente do amor que tu matou
Mote e glosa/ Lina Ramos