Ele se assombra na escuridão
Dessa vez as coisas parecem distantes
É um eco sem som
Como imagens que voltam
Que brilham
Que escorrem em seu pensamento
E se desfazem ao vento
Mas existe algo perturbador nisso tudo, porque incertezas pairam em sua cabeça. Dessa vez não sobre quem é, nem sobre onde quer ir, mas sobre o próprio caminho!
Parece um chão vazio, frio, sem forma, nem cor, que deforma seu andar, hora lento e vagaroso, hora apressado e tortuoso.
Não define ao certo essa estrada, porque lhe parece firme a sua pegada, mas na verdade lhe machucam os pés mesmo não tendo espinhos ou pedras, é só uma estrada reta e aparentemente livre.
Ele olha pra baixo e enxerga... não é o caminho, é seu próprio andar cheio de bagagens que acumulou durante a viagem.
Rony Welry