Poesia

Foi assim

E foi assim
No quarto escuro
Que mostrou a longa estrada:
Que percorria assim pobre às madrugadas:
Quando sedento de beijo me quis cobertor!

Vejo e mesmo assim
A casa inteira cheia, cheirando teu perfume.
Saudade, saudade, vingando na minha metade.
Quando reclamo ela grita o teu nome:
Atrevida solidão passeia em mim.
Se queixa ao servir vaidade.

Dormindo em mim, faz pouco de mim!
Zela a esperança e pede abrigo em meu andar.
Eu vejo a sombra que passa, passeia!
Leva a esperança de te ver voltar:
Loucura que consome, consuma!
A vaidade do próprio olhar.

Segue mais segue aqui comigo:
Continuando servo do abrigo
Perverso espalhando prazer
Acomoda toda madrugada serena
Conformando sem querer.

Lina Ramos.

Lina Ramos Lina Ramos Autor
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