Lua de maré
E eu que seguia a calma
Regendo as marcas
Eu que pelo pouco
Ou nada nelas via
Em apelo de sorte morte
Bilhetes e passes
Tenho um andar
Delirante de sol
Pego a forma de guardar
Das marés e das luas
Caídas sim deslizantes
Que perseguem
E ao mesmo toque
Derramam as paixões
De anos roubados
Pelo desapego
Nas poucas noites
Que sem deixar entender
Te traz e me leva
Expõe clara a tua boca
Sedenta de calmaria
Desejando coice
Tentando o animal
Que nela se rende.
Lina Ramos