O tempo passa e eu corro na direção daquilo
Que acho ser o porvir.
O tempo chega e eu paro. Vejo que nada foi
Que nada era
E que tudo tangencia o nosso sentir.
Não sinto cansaço
Não tenho preguiça
Mas é como se a vida fosse
Um nó de cadarço.
Que aperta o peito!
Que finca a espada!
E que do nada!
Desata!!
E solto
E leve
O corpo baila!
E o espírito vagarosamente se acomoda
Espantosamente se acostuma!
E nesse seguir de viver
De brincar de ser feliz!
A vida espanca
A vida afaga
E é por isso que eu escrevo a vida
Com letras em giz!
(Sérgio Pinho)
02/04/2019