00:00 da noite
Tédio bateu
Caneta na mão
O poeta escreveu
E esse é um tema
Que ele viveu.
"Ops", o poeta sou eu.
"Para todos os vácuos
Que já levei"
Eu sei que foram tantos
Mas nunca contei.
E se tivesse contado
Teria mais 1 para a coleção,
Que levei essa semana
Que falta de compreensão.
Ou talvez, falta de ânimo
Com um cara diferente
Que apesar de desconhecido
Se considera contente.
Contente por ser legal
Por ser também verdadeiro
Por não ser sincero por metade
E sim ser por inteiro.
E o vácuo é a ausência
Do que nunca existiu
Mas você por ser "bobão"
Foi lá e ainda insistiu.
A pessoa não lhe respondeu
"Não é que ela ficou emocionada"
Ela te jogou para escanteio
E te tratou como um nada.
Não insista muito não
Seja mais inteligente
Se o vácuo é a ausência
A abundância vem logo a frente.
E talvez você encontre
Uma pessoa legal
Que possa te escutar
E não te levar a mal.
Que queira te conhecer
E não julgue os teus defeitos
Pois afinal somos pecadores
E ninguém nasceu perfeito.
Levei um vácuo sim
Mas não fiquei indignado
Nem tampouco preocupado.
Porém, para escapar da agonia
Me fiz de doido
E vim fazer essa poesia.
Autor: Dione Pereira da Silva.