Poesia

Bebê nobre

Rostinho delicado que esconde o futuro
Doce pecado que sustenta o apuro
Face que acende a inveja da pureza
Senão pelo coração, seja pela beleza

Ninguém sente de modo inverso
Nem que a maldade tente em todo universo
Vai fazer a vaidade invadir a razão
Pois tu, anjinho, és nobre de coração

A vida é a luz que tudo inventa
A morte é o marasmo que nem tenta
O amor é o calor que ao peito esquenta
Marasmo é o amor que da vida se ausenta

O amor sentiu a tenra invocação:
- venha ser o senhor da minha ação
E o amor, essência da pureza,
Assentou-se no trono da sua realeza

Rostinho delicado traz a harmonia
De olhinhos encantados de alegria
Fascinação da mente que tudo descobre
Emoção que sente um corpo nobre

A vida é a luz que tudo inventa
A morte é o marasmo que nem tenta
O amor é o calor que ao peito esquenta
Marasmo é o amor que da vida se ausenta

Paisagem angelical esse rostinho traz
Passagem do sal no sabor da paz
Tu, anjinho, vai descobrir teu caminho
Mas nunca se sinta um grão sozinho

Nada, ao acaso, és escolhido
Há uma força que te faz protegido
Vá e distorça os nós dos caminhos seus
Mas não vá a sós. Dê as mãos a Deus

A vida é a luz que tudo inventa
A morte é o marasmo que nem tenta
O amor é o calor que ao peito esquenta
Marasmo é o amor que da vida se ausenta

Divaldo F S Filho Divaldo F S Filho Autor
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