A razão chega da cidade
De malas prontas para partir
O trem já se vem...
É hora de seguir os trilhos
Já se embarca no caminho
Rumos incertos a navegar
Que o destino teima a dizer:
Eu sei o que tem do outro lado
Daquela montanha verde-azul
E lá se vai desenraizado
Sem distinguir o norte do sul
A distância de cada trilho
Se faz crescente a cada momento
Faz-se presente a lua com seu brilho
Clareando as vistas do tempo
É! Já era hora de deixar
O peito fazer sua função
Desde quando fora trabalhar
Em prol dum fulgurante palpitante sentimento
Ganhara uma desconfortante dor
Na cidade que reina o amor
Não há governante
Quem regras impor
Se não pegar o trem
Periga, no mesmo instante,
Da razão ficar sem
A razão chega noutra cidade
Não sabe até quando vai ficar
Mas ao trem já se põe a esperar...