Poesia

Meu sonho é real

Se eu atirar meu pé no movimento
Do ventilador que de noite aperto
Variável se verá o corpo no tempo
O voo do sangue das veias é certo

Eu deitado no colchão de cascalho
Duro como o chão que o dia atravessa
Dormindo, eu só me atrapalho
Pedindo que o ventilador me aqueça

De noite, o dragão cospe fogo no castelo
De dia, ele foge das cinzas de gelo
E me leva consigo pra realidade

Volto, já exausto por girar no tormento
Viro a noite, vivo-a aquecido todo momento
Na noite, meu pé sangra de verdade

Divaldo F S Filho Divaldo F S Filho Autor
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