Poesia

Crescer com a dor

Fios moles de tecido a cobrir
O medo àquilo que não se vê
Posto que tudo que se sabe
É prévio ao nosso existir

Ideias vivas de gente morta
São vírus. Estes, se existem
Quais seus sentidos, além?
A não ser corrigir a vida torta

Lágrimas ficam. Somem-se vidas
A gente chora e sente o petrichor
Dessas águas, ou sais, às bactérias

Impunes não podem ficar
Embora lançaram tanta dor
Tais vírus nos fizeram pensar

Divaldo F S Filho Divaldo F S Filho Autor
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