
            Como gosto de abraçar.
Abraçar minha Labettinha, minha tiaTinha, 
Meu avô. 
Meu velho avô, 
que de longe me olhou
e simulou nosso abraço.
Aquele abraço que ele sempre me da.
Abraço apertaaaado
Que falta até ar.
E em casa pra abraçar
não tem hora nem lugar.
Corredor da sala,
abraço na mãe.
Caminho pro quarto,
abraço no pai.
Percebo-me pequenina,
do tamanho que sou.
Social e dependente
de braços e abraços.
Muitos.
Muitos pois sou bem acostumada.
E quando tudo isso passar, 
Eu vou saber valorizar.
Deus, não me deixa esquecer.
A cada ano da minha vida:
O corona me fez crescer.