Aquelas manhãs de sol
Ríamos em meio a fome
A tarde falávamos no meio fio
Que seríamos enfim abastados
E enquanto não vinha valores
Cultivamos amores, ilusões
Em condões de terços
Uma reza, uma dor, um pedido
A alegria de não ter o que quer
De não ser o que deseja
Pois naquelas manhãs de sol
O prazer de rir de tudo
Era a mais nobre verdade.