Poesia

Raiva, Raiva, Raiva

Enquanto arranco cabelos
Meu âmago clama tua ruína
É ódio que não oscila, piora
São mãos que querem refresco
Me acalmará só as marcas
De minha ira em seu corpo
Engulo seco, faço rezas e preces
Outra vez me engajo contra razão
Stress, estafa, frustração, desdém
Ou a mais pura raiva perene
Me cansa sua presença, teu rosto
Ilusão de que tudo fica bem
Não há calma, não há paz
Somente o dom de relevar
E torcer entre as pérolas do terço
Que o milagre do perdão
Acometa esta alma em ira.

Douglas L A Campos Douglas L A Campos Autor
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