Poesia

Apego frio

Enquanto tento o apego à vida
Já me vestem nova mortalha
Eu me esqueci que também morro
Tão vívido e rico, e aquelas promessas
Todos os projetos do amanhã
Nada disso me pertenceu
Nada além de minha mortalha
Mesmo eu tão deus de mim
Desmontei tantos titãs, vivi o tátaro
E aindo com raios na mão
Sim, ainda sou tão mortal
E no momento de seu abraço frio
Quero ter força para deixar de epitáfio
A crença de que não existe algoz
Sou dono e Deus de tudo
A morte nada mais é que ladra
Jamais morri, pra mim não existe o nada
Fui mais uma vítima do engano
Que não mais existe condenados
E o amanhã será meu...

Douglas L A Campos Douglas L A Campos Autor
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