Poesia

Um Rastro de Você

As horas passam, só você não
Seja no quente e tumultuado dia
Ou na fria calada da noite
Aragem, refém de um açoite
Mormaço, ladrão da poesia

Ausente está
Moça, faça-se aqui
Eu jamais lhe proibi
De ser alguém que saiba
O caminho dos meus sonhos

Por outro chão
Seus pés se firmam
Se não nasce o despertar
Sonhará com o dom de esperar
Suspirando e relembrando
Dos nossos olhares se cruzando

Naquele momento
Conheci seu universo
Os seus cantos e cantares
Desfez o prejuízo
De uma vida sem amor
Puseste em meu corpo seu calor
De doce menina alegre
Um rastro de você eu tenho
Mas pode vir o amor a quem o persegue?

Proibida! Quem sabe esquecida
De dormir nos meus braços
Injustiça é o que nos impede
De sermos um só
Pois naquele abraço é que soubemos
Quanto de amor nosso coração pede

Passe por mim
Eu vou lhe acenar
Basta um beijo de amor
Para caminharmos juntos e sem parar...

Mas nossas estradas são tão distantes
Quando penso que posso não ver mais
O desenho do seu rosto
Esqueço quem e o que sou

Tudo que peço a Deus
É a oportunidade de passarmos um pelo outro
Para eu poder me inspirar e lhe decorar
Dar os versos que a ninguém dediquei
“O mundo às vezes é pequeno”
Esta é a única frase que pode justificar
Por que eu te procurei

Dezembro/2013

Samuel Garcia Samuel Garcia Autor
Envie por e-mail
Denuncie