Distraída no canto
Comecei a observar
Numa cadeira de balanço
Sentado estava lá
Entre o verde e o mato seco
Ele mirava o horizonte
Olhar no infinito
Imaginei ter uma ponte
Uma ponte que levava
Para outra dimensão
Sem erro, sem duvidas
Era coisa do coração
Meus vinte e poucos anos
Juventude capital
Seus oitenta bem vividos
Sabedoria original
Suas rugas, sandálias de couro
Seu sorriso vale ouro
Ele trazia pra dentro
A natureza e o relento
Para uns é tédio
Ele chama calmaria
O que eu pensava ser a causa
Me ensinou ser o remédio