Escrevo para espantar os meus demônios
Para jogar aos olhos o que não quero mais pensar
Cobrir com a cal do alívio e descansar os neurônios
Submergir a superfície de mim mesmo e buscar ar
Nem sempre vivo os enredos que invento
Tampouco crio algo que não possa suportar
Todavia sempre ponho sentimento
Quando me ponho a criar e elucidar
Como um alter ego que grita
Quando o outro eu, quer calar
Achando alento na escrita
E a voz que fala sem soar.