E a saudade mais complexa, talvez injusta ou difícil de compreender, é aquela que sinto do teu "eu" – que nem sequer me deixaste conhecer.
É a falta que me traz o sorriso da tua face rubra, do teu olhar doce tampouco aguçado e de todas as formas que uso pra abraçar tua alma em meus pensamentos. É a lacuna que me foge de interpretações racionais e embarca no campo das emoções sem pedir licença, sem falar o porquê, sem trazer o eco da voz que jamais escutei livre das telas que nos separam.
A saudade é o fraco de quem sente muito; e sinto o vazio de não poder mais sentir.
(Ias Rodriguez, 2018)