vivo no vazio desses corpos quentes
onde habitam deuses egocentricos mostrando os dentes
nego eu quero a solitude dos meus versos em dó maior
onde escutem os meus gritos pelas noites a só
quando não há mais nada que eu possa agarrar nesse naufragio
linhas tortas peles afugentadas e adiadas
as suas glorias por metade, historia perdida aos ares
nego eu soco a parede desse predios, são teus lares
eu só queria cantar em todos os bares
olhando a podridão dos corpos fedidos aos berros, nessa noite
eu esperando pela vinda do messias não o dessa biblia
mas a minha cartada de mestre professia
eu carrego a dor de varios homens antes todavia
eu disperso tudo isso em suas vias, poesia
e eu carrego toda a morte de milhões infantaria
guerra eu peco, gosto mesmo disso versos de bastilha
enquanto eu troco minha voz por teus papéis
enquanto toda a voz que ultrapassou os decibéis
são desperdiçadas? não são apenas emboladas
nas mentes intrépidas e escolhidas por fracassos
que é melhor que doer, não conseguir escorrer
eu querendo mais nego
querendo me manter dentro desse DVD, show da vida
morte ilustrada
jogando cartas na calçada