Sob as frestas da persiana
Contemplar-te-ei
Regaste-me a visão
Imagem estampa neurônios
Dá-la-ia alma podendo eu
Se em remota hipótese
Usufruiste de vossa companhia
Saciar-me-á o desejo
De poder integrar mesmo espaço
Onde exalas tua beleza
E diariamente matas
Voyeur que sorve-lhe
Preso em algo ritualístico
Idolatro-a
Não sabendo o que sou
Saltitando entre o coerente
E o absurdamente implausível
Independência pergunto-me
Chegarei a conseguir
Viver esta vida e seguir
Sem do apartamento seguir
A menina da varanda
Jonnata Henrique 23/02/18