SONETO DA MOÇA DE PEDRA
(Progaires Martins)
Guardei-a ansioso
No meu coração adolescente
E no amor fantasioso
Aquele desejo irreverente.
Era a moça da janela.
Por que estaria ela
Encravada na pedra?
Seria uma flor da pedra?
Sua encantadora beleza
Continua mirando a mina
E a exuberante natureza.
Cresci e voltei ao pé da serra
Ela de cabelos altos e tiara
Espera vigilante seu amante tabajara.