A metalinguagem do poema
Tanta força senti em tantos corações...
Desde Horácio...
Desde os gregos.
Eu sempre via aquelas belas pedras,
Eu via o mar.
E o meu coração sempre era indecifrável.
Meus olhos são o céu.
Ao mesmo tempo que é o chão.
E o verbo passou por Camões...
Passou pelo Brasil,
Nas palavras de Alvares de Azevedo.
Passou antes por Castro Alves...
Nos seus poemas idílicos...
A brisa do Brasil...
Que beija e balança...
Do paradoxo do texto virei Bandeira.
Virei Augusto dos Anjos
E o belo simbolismo.
Sem saber eu virei a liberdade.
Eu virei a Terra,
O céu, o mar e todos os espíritos.
Nas estradas de ferro do Brasil,
Olhei-me meio taciturno...
Vi-me como Drumon
Nas searas das vastas Minas.
Vi-me, também, Deus, glorioso Pai
Como os neologismos de Guimarães,
Vi-me na realidade de Graciliano...
Na revolta de Lima Barreto...
No sacarsmo de Machado eu me reconheci,
Revigorei-me e pedi desculpa a todos os
Poetas não citados...
Pois, por vossas mãos...
O Brasil sempre será a pátria
DE TODOS OS VERSOS
06/01/2018
Da obra:
" O Espírito Poético "