Abster-me de todo sentido
É o que me mantém vivo
A única razão de seguir em frente
Não sentir nada, ser inconsciente
Proteger-me da interação social
E de toda aquela conversa banal
Ficar calado, ser julgado
De longe, observado e isolado
A incapacidade de expressão
Reflete na habilidade de percepção
Que permeia minha consciência
E deixa-me em decadência
Devo atuar nessa peça macabra
Para ter uma vida de conto de fadas
Mentir, fingir e atuar para viver
Ficando em paz para me abster