O MAR
                     I
Os pescadores jogam suas redes ao mar,
Esperando mais um bom dia de pescaria
Vem, lua cheia! Faz brilhar o mar e a embarcação!
                    II
A brisa afaga as vastas redes, as caravelas ao sopro dos quatro ventos.
Guia-nos em uma só direção!
                  III
O gargalhar dos homens mar adentro
À espera de um grande peixe a prender-se
Nas redes de arrastão, um pintado, outro espada!
                 IV
Que alegria! As ondas sobem e descem, descem e sobem,
em um bailar frenético,
As espumas multicoloridas rodopiam como se fossem pião!
                   V
As vozes dos marujos perdem-se na ventania
Só o velho lampião aceso, quebrando a escuridão,
Pois a lua com sua magia escondera-se, vem, lua cheia, vem!
Mostra-nos o caminho da redenção, ilumina os pintados,
Espadas e agulhões!
                   VI
Mas ela partiu, e não volta mais não,
Agora, somente as estrelas cadentes
Iluminando o mar, na escuridão.
Vem, lua cheia, vem!
                                                                                                                   Marcelo Ferreira de Arêa Leão
                                                                                                                       Teresina, 29.06.2008