Poesia

Escravos do Engenho

Cada lágrima esquecida
cada página apagada
todos os sonhos mortos
escondidos pelas margens

Nas ruas o frio assola a carne
vidas jogadas a sorte
esperando chegar a morte
quem sabe com a morte acaba

E as telas não foram pintadas
suas artes boicotadas
seremos todos gênios
desperdiçados em engenhos

Construindo juntos o muro
da nossa própria prisão
todos os dias choramos mudos
com os tijolos na mão

Ícaro De S E S Ícaro De S E S Autor
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