Cada lágrima esquecida
cada página apagada
todos os sonhos mortos
escondidos pelas margens
Nas ruas o frio assola a carne
vidas jogadas a sorte
esperando chegar a morte
quem sabe com a morte acaba
E as telas não foram pintadas
suas artes boicotadas
seremos todos gênios
desperdiçados em engenhos
Construindo juntos o muro
da nossa própria prisão
todos os dias choramos mudos
com os tijolos na mão