De todas suas intenções inefáveis
não quero nenhuma delas
nunca me vi preso aos seus dogmas abomináveis
regradas vidas tão singelas
preferi dar asas a cognição
buscar algo bem maior que esse nosso enredo
fugir do medo
que ele me alcance
decidi não fazer parte dessa farsa
negar tal desgraça
de ser o que não sou
o prol de algo enlouquecedor
escravos desse cobre, desse ouro e prata
dos livros sagrados humanos
que nos impunham como faca
me cortem como panos
mesmo assim não habitarei na mansão dos mortos
pois minha alma é livre e vive para sempre.