Nestes versos, meu amor, meu peito chora
De minha terra, a casa, o ribeirão
Uma horta no quintal _meu sertão
Tudo tão distante, tão bons agora
O meu mundo era calmo, gigante
De amigos no terreiro, um fiel cão
Uma lua branca, meu violão
Eu, emaranhado em teus olhos, teu amante
Quando o sol descansava no poente
Manso, aconchegava-me no batente
E ficava ali abraçado contigo
A saudade é meu maior castigo
Nesta cidade grande, sem teu amor
Consumido de lembranças, de dor