Praça do Café Oeiras
Café que não existe,
Cine Teatro Oeiras
que não tem filme,
tem até aguilhões
que servem de tapete.
Passaram-se trinta anos,
hoje, estás cheia de visitantes,
nos degraus soa a MPB,
a poetisa dá autógrafos,
a iluminação das luzes
inibe o luar e
contrasta com o
sombrio destino.
A praça
sente solidão,
eu sinto solidão,
com as minhas mãos
sustento o meu queixo.
Bate no meu peito
um desejo intenso:
escrever e escrever ...