Chora o monte,
Escorre o sangue dos mortos,
Milhões dizimados, desesperados
Agonizam os vivos, esquecidos...
Fenrir, tarefa concluída,
Lamentam os deuses a vida perdida.
Menino travesso, lembrou-se do berço,
Nascido no frio, órgãos de gelo.
Criador morto pela cria,
Vida após vida, ironia...
Ruge então o martelo,
Contra lança atirado,
Impacto, inimigo eliminado.
Pai e filho mortos, lado a lado
À margem de um rio tranquilo,
Via em reflexo aquilo que trazia,
Inquietude da eterna alma, vazia,
Tanto quanto o copo em tua palma.