Poesia

Amnesia

No escuro vai passando

Dos ponteiros negros

Marcando em compasso

O atraso do tempo


Ao som da solidão

Compõem-se sonetos

Eles que são os mesmos

De algumas décadas atrás


Aqueles que surgem sem paz

Em meio ao cenário de guerra

Todos numa só esfera, à espera

Drama para uma platéia


Amnésia,

Fronteira entre o tempo

Entre o que foi e o é

Perdeu-se na memória cada momento


E do tempo escuro

Vem rapidamente como um vulto

A sombra de uma perdição

Levando-me para solidão,

Confortante.

Alegra-me estar aqui

Sozinho frente a ti

Que nada é senão o nada

Arjuna Borges Macedo Arjuna Borges Macedo Autor
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