Poesia

Adormecido

Agora acordo, 

Sei que não há mais tempo

Que não existe mais momento (certo)

Seguro o cálice e bebo.

Ao tocar os lábios dissolvem

Cada gota apaga uma lembrança

Tempero, esperança



Caem de mim

Desmoronando, ruínas

Nada mais restou

Tudo termina, e quando finda corrói

Destrói, dói, maldita maldição

Levou de mim até a chave

Frágil, sou pura lamentação



Desespero, ambição 

Desejo tudo que não posso

Desenterro tudo que não gosto



Torno-me então gelo

Ice Berg em rota de colisão

Autodestruição, suspiro, recordação.

Lembro-me então do seu toque

Derretendo, amolecendo

Torno-me então mais uma canção

Arjuna Borges Macedo Arjuna Borges Macedo Autor
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