Perco-me nos amores que invento,
Sem saber que encontrei
O onde deveria ficar, deveria ser
Mas sempre acabo por perder
Os amores em que me satisfiz somente em imaginar, querer...
E no querer ter é que perco
A chance de viver, conhecer.
Cedo, deito, deleito em arames farpados
Que prendem e matam tantos condenados...
Que se permitem e se contentam somente em imaginar,
E se esquecem que tudo vai mais além,
Que vai mais fundo que isso que penso sentir por alguém...
Por medo de não ser correspondido
Acabo por ser taxado de retraido.
Mais um homem que não ama a mulher que lhe ama.
Ela que clama, chama, convida-me para a cama.
E me diz que sexo é amor,
Mas mal sabe ela que quando for
Nao terei receios de me entregar
A alguém que diz me amar.
Mas enquanto isso não posso simplesmente me entregar
De braços abertos a alguém que nem sabe se vai ficar.
Peço então que espere germinar
A semente que em mim resolveu plantar.
Dê-me tempo para aceitar, acreditar que estaremos juntos quando tudo se acabar.